sexta-feira, 5 de outubro de 2012

"A Condição Humana"

          Tchen assassina, durante a noite, um traficante de armas, para roubar o armamento que ele transporta, pois aquele faz parte de um grupo de revolucionários chineses que está prestes a ir à luta, metade do qual não sabe, porém, servir-se dele / delas.
          Um dos temas focados é o da dependência e submissão da mulher aos homens e das jovens aos pais. Exemplo disso é o caso da jovem de 18 anos que se tenta suicidar no palanquim de noivado, por ser obrigada a desposar um «bruto respeitável». Comentário da mãe ao saber que a filha não morrerá: «Pobre filha! Ia tendo quase a sorte de morrer...».
          Outra personagem é May, uma médica alemã nascida em Xangaie doutora por Heidelberga e por Paris que encanta Kay. Ela é o oposto da mulher chinesa: escolhe o parceiro sexual, por exemplo. Por outro lado, encontra-se ao lado dos insurretos.
          O velho Gisons é um dos exemplos do machismo bruto e ignorante que reina: «A mulher está submetida ao homem como o homem está submetido ao Estado...».
          A revolução começa com a tomada de postos da polícia, uma ação levada a cabo com relativa facilidade. Do outro lado estão figuras como o francês Ferral, que lê naquela situação o fim das suas ambições e da sua ação na China.
          Tchen, juntamente com dois companheiros de armas, intenta um atentado contra Xan-Cai-Xeque, mas não consegue lançar as bombas sobre o automóvel deste. Tchen toma então a decisão de se lançar com a bomba sob o carro de Xan-Cai-Xeque, considerando ser essa a única solução a adotar.
          Tchen executa o seu plano, todavia Xan não viaja no automóvel e quem acaba morto é o próprio Tchen. O atentado desencadeia uma série de represálias: Kyo é preso e, juntamente, com outros camaradas, suicida-se com um comprimido de cianeto.
          A revolução comunista chinesa dos anos 30 é, pois, detida, mas os sobreviventes / resistentes fazem um compasso na resistência para se reorganizar, quer internamente quer no estrangeiro.

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